Fotos: facebook Ateliê Vivo
Ainda nos dias atuais, todos conhecem, ou tem, aquela avozinha que adora costurar roupas, enxovais, peças em crochê ou as roupas de boneca dos netos. Ainda nos dias atuais, alguém conhece, ou faz parte do grupo que perpetua a arte da costura e a adorável sensação de produzir peças próprias e exclusivas.
O Slow Fashion é um movimento que incentiva o consumo moderado e consciente no mundo da moda. Ele preza que o consumidor daquela roupa saiba e até mesmo faça parte de toda a construção dela. Aos poucos surgem pessoas que aderem e que incentivam essa forma de produzir e consumir, assim o rótulo de “vovó costureira” aos poucos se perde, e jovens começam a investir em uma forma mais leve e pensante de se vestir.
Assim surgem projetos de resistência que apoiam a causa de “sentir” o que você veste, e o Ateliê Vivo é o significado real de seu próprio nome.
Um espaço criado na Casa do Povo, associação cultural sem fins lucrativos localizada na cidade de São Paulo, que incentiva que você crie e produza as próprias peças, o ateliê consiste em uma biblioteca pública de modelagens, onde você pode escolher um modelo, cortar, costurar e levar para casa uma peça novinha em folha criada totalmente por você. O público pode levar o próprio tecido ou comprar tecidos que foram doados para o projeto, revertendo o valor para o próprio funcionamento do ateliê.
O local funciona todos os sábados das 14h às 20h, e são disponibilizadas 10 vagas para quem mora na Grande São Paulo (ordem de chegada) e 2 vagas para quem é de fora (agendamento por e-mail). Todo primeiro sábado do mês o espaço realiza a oficina “Faça sua…”, voltada para iniciantes que não possuem conhecimento em corte e costura. As aulas são básicas e ensinam a construção de uma peça de roupa da biblioteca do começo ao fim.
As pessoas ficam maravilhadas quando conhecem um ambiente criativo como o Ateliê Vivo, uma delas é a estudante de 18 anos, Rafaella Ribeiro. Rafaella é interessada por moda desde criança e atualmente está no segundo semestre em técnico de vestuário. Ela conheceu o ateliê por acaso em uma matéria, após realizar uma pesquisa online sobre modelagem. Foi assim que a estudante descobriu o lugar e resolveu visita-lo.
“O espaço é incrível, as modelagens, os organizadores que nos auxiliam, o conjunto todo dessa ideia é necessária. Moda não é só aquele papo de desfile, moda é arte e é de todos. O incentivo do ateliê para que pessoas costurem suas peças só mostra o quanto somos capazes de fazer algo que antes nem imaginávamos. Todos deveriam ter esse contato com essa parte da moda, de fazer e usar, do princípio ao fim.”
Site Ateliê Vivo: www.atelievivo.com.br