Falar em moda sem falar em futuro é um erro para quem investe na área. A moda se torna cada vez mais fluída e está cada vez mais lá do que aqui, mais a frente do nosso campo de visão. Não é de hoje que a tecnologia inova, podemos rapidamente tranformar algo que vemos em uma tela de computador em algo físico, e isso está se tornando mais próximo do nosso cotidiano em diversos campos econômicos e mercadológicos.

As impressoras 3D se tornaram máquinas revolucionárias não só para imprimir produtos e ferramentas, mas também facilitam o desenvolvimento de próteses e outras invenções antes muito difíceis de serem custeadas para serem produzidas. Por mais que ainda não seja tão comum no dia-a-dia, o surgimento dessas impressoras não é tão recente. A primeira impressora 3D foi inventada em 1984 pelo norte-americano Chuck Hull. Desde a criação até os dias atuais, essas máquinas foram ganhando notoriedade e uma queda nos custos de produção, o que tornam um produto muito mais acessível para grandes e pequenas empresas.

Na moda, a impressão 3D vem ganhando cada vez mais espaço. Marcas como Chanel e Versace já se renderam à inovação e criaram peças produzidas inteiramente ou parcialmente impressas. A estilista israelense Danit Peleg é especialista no uso da ferramenta na moda e, em 2017, elaborou uma ferramenta de personalização em seu site para que clientes encomendassem a compra da primeira peça 3D do mundo.
No Brasil, o uso da inovação no campo fashion ainda é algo tímido, porém em crescimento. Em desfile para a edição primavera/verão 2018 do Minas Trend, a marca mineira Plural em parceria com a empresa 3D Lopes, empresa incubadora do CEFET-MG, criaram peças impressas para apresentação no evento.

A marca de acessórios vanguardista no processo tridimensional no país é a Noiga, empresa curitibana que vem desde 2014 trazendo acessórios que unem o design, a moda e a tecnologia em peças atemporais e contemporâneas. Com o slogan “Fuja do tédio”, a Noiga busca atrelar o futurismo com criatividade e inovação.
Além de agregar um novo significado de praticidade e contemporaneidade nas peças, as impressoras também transformam o modo de consumo, trazendo roupas e acessórios que constroem histórias, representam movimentos artísticos e podem ser utilizados de formas diferentes, em contextos diferentes e em épocas diferentes.
Falar em moda sem falar em futuro é um erro para quem investe na área. Aos poucos, vamos observando os negócios tecnológicos sendo criados para uma nova visão de futuro. Ainda bem.